24/11/2009

A CIDADE E O RIO


lustração Graphorama por Thiago Medaglia


Pobre Tietê. Quer saber o nível de civilidade da população de um município ou o quanto ela valoriza a qualidade de vida? Olhe para seu rio. O reflexo da relação de carinho -ou não- das pessoas com o lugar que escolheram para viver é mais evidente nos corpos d'água. Sujo, feio e malcheiroso, o principal rio da maior cidade do hemisfério Sul não faz nada além de exibir as feridas abertas pela forma como vem sendo tratado em sua porção metropolitana. A urbanização trouxe gente demais, carros em excesso, asfalto de sobra e roubou do rio seu espelho d'água. Quase impossível imaginar as nuvens do céu (quando é possível vê-las) refletidas no leito do Tietê. Pobre do paulistano.

 No passado, não era assim. Até os anos 1940, o Tietê era parte do cenário social da cidade. São Paulo vivia o rio. Sob a luz do luar, os namoros eram ritmados por serenatas na antiga ponte Grande, a primeira a cruzar o leito, feita de madeira no século 17 e substituída pela ponte das Bandeiras, em 1942. Aos poucos, as competições a remo perderam espaço para o entulho acumulado sob a torrente morta. Os nadadores, vitimados por todos os gêneros de micose e doenças transmitidas pela água imunda, aposentaram as braçadas. Os peixes sumiram das redes dos pescadores. São Paulo perdeu a poesia. E virou as costas para o Tietê.

O rio dos primórdios da ocupação da capital tinha outra cara. Era um Tietê de corpo sinuoso, com corredeiras e água que variava entre o tom chá e o aspecto barrento, dependendo das chuvas. As margens eram tomadas por uma vegetação de várzea, repleta de bichos. Tudo muito diferente do corpo retilíneo e sem graça avistado hoje das avenidas marginais. A forma atual foi surgindo aos poucos, ganhando espaço a partir do começo do século passado, com a construção das primeiras usinas hidrelétricas na região. Hoje, nas palavras dos técnicos dos departamentos públicos, o Tietê não é mais um rio. É um canal de engenharia.

Notícia que ninguém quer aceitar. É como encontrar, por acaso, na seção de óbitos do jornal, o nome de uma pessoa querida. Sentimento parecido deveria ser despertado no habitante de São Paulo. Para o geógrafo francês Maurice Pardé, "rios são seres tão complexos quanto o ser humano". Mas há entre nós uma brutal diferença, uma capacidade da qual jamais iremos dispor: eles revivem. É o que acontece com o Tietê ao deixar para trás a capital.

No interior, apesar de ter sofrido transformações, ele ainda ostenta trechos de águas limpas e muitos peixes. Outra boa notícia é que, ao menos em termos de coleta e tratamento de esgoto, os últimos 15 anos foram marcados por crescentes avanços. Uma esperança tênue de que talvez o paulistano volte a ter vontade de se olhar no espelho.

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Thiago Medaglia, 28, jornalista e coautor do livro-reportagem "Tietê, um Rio de Várias Faces" (ed. Horizonte), é o colunista convidado desta edição.
Fonte: Revista da Folha.


Profª Bet Nascimento... Gostei. Concordo com tudo e acho que podemos avaliar o nível de civilidade de uma cidade também pela largura e pela conservação das calçadas; pelo volume de automóveis em circulação; pelo trânsito; pela qualidade do transporte público;pela qualidade do ar, pela poluição atmosférica e sonora,etc. Conclusão: São Paulo não é civilizada.

CBN- Milton Jung - Estudantes contam histórias do trânsito

sáb, 27/09/08 por milton.jung.2007.5 | categoria Mílton Jung

Aprender com a cidade é a proposta dos professores Elisabet Gomes do Nascimento e Lázaro Mariano de Souza que desafiaram os alunos do Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos do Butantã a escreverem crônicas sobre o trânsito de São Paulo. Após a leitura de jornais, deram início a produção.

O CIEJA reuniu 80 alunos de 20 a 45 anos nesta atividade

Reproduzo um dos textos que surgiram deste trabalho que deveria motivar escolas públicas e particulares a seguir no mesmo caminho:

TRÂNSITO: AUTOR DE HISTÓRIAS

“O Trânsito está um horror, meu Deus,” fala Joaqim, estressado dentro de seu carro e preocupado com a hora de sua reunião.Ele pecisa assinar um novo contrato para a compra de outra padaria.”Ai, Jesus, Ai Maria, Ai, meu Deus, esse trânsito vai acabar prejudicando meus negócios.”
“Põe o pé no freio, grita outro motorista, o seu José, muito estressado também, porque está com uma consulta marcada no dentista, já fazia dois meses e não queria perder a hora. Mas do jeito que a coisa ia, seu dente que não doía, começou a doer.
“Vamos aí, gente”, grita uma senhora nervosa, preocupada com a hora de pegar sua filha na escola.
“Lugar de mulher é na cozinha”, buzina e reclama outro motorista parado.
Já nervosa, ela xinga:
“Vai você e a sua lata velha e desatola o trânsito”.
No meio dos carros, os vendedores ambulantes vendem de tudo: pilhas, laranjas, água mineral, flores.
Nisso, o seu Benedito quase atropela um, porque estava com sua esposa a caminho da maternidade. Como o trânsito não andava, o bebê acabou nascendo no meio do engarrafamento. Uma viatura ia passando e socorreu dona Sebastiana, que emocionada pegou seu bebê no colo e agradeceu a Deus por tudo ter dado certo.
É assim o trânsito de São Paulo. Até quando?

Alunos:
Marilene da Costa Lopes
Maria Afonso
Carmem Lúcia Ferreira da Silva

Camiseta CIEJA Butantã


Obrigado ao Galeno Amorim e a Sala de Leitura pela divulgação ao nosso pedido de doação de livro para nossa biblioteca

A gradecemos o jornalista e escritor "Galeno Amorim" e a "Sala de Leitura" pela divulgação do nosso pedido de doação de livros para nossa biblioteca. Recebemos 2 livros do jornalista e escritor "André Giusti" de Brasilia.

Apagão 2009, Eu Fui!

Aula de português, interpretação do texto da musica de Chico Buarque, “A Flor da Terra e A Flor da Pele”. Assim que acabamos de ler o texto para prosseguir a matéria, a luz se apaga e começa o corre-corre, a professora pede calma, para que ninguém se machuque. Os alunos seguem o fluxo dos seus devidos caminhos, eu sou a única que morro distante e não sabia o tamanho da gravidade. Quando cheguei no ponto de ônibus com a minha professora, fiquei sabendo da verdade, sua mãe ligou avisando e contou o que estava acontecendo, que era um apagão em toda a acidade.

Senti-me como no “Playcenter” na noite de terror, tudo escuro, uma gritaria e muita gente com pressa. Mas foi no Parque Dom Pedro que me senti no “Filme O Terminal”, as pessoas invadindo os ônibus e muita gente gritando querendo entrar, estava numa guerra e com muita desigualdade. Eu, como muita mãe com criança de colo, e idosos, passou hora de angustia e de desespero. Passaram-se duas horas de espera, então veio um comunicado, de que não teria mais ônibus para aqueles que estava ali cansado.

Mas Deus ouve a voz, dos oprimidos e dos fracos, derrepente surge uma luz, uma mulher vem ao nosso encontro e diz que disponibilizaram três ônibus. A fila ainda estava imensa, mais consegui entrar dentro do ônibus, realmente ontem não era meu dia de sorte, o motorista fez curva muito fechada e o ônibus super lotado, estoura um dos pneus, permanecemos por alguns instantes ali parado, até que ele analisasse.

Já era quase três horas da manhã e não tinha chegado em casa, então o motorista resolveu seguir adiante mesmo com o pneu estourado, o transito já estava bom e o ônibus foi esvaziando, o motorista transferiu o restante dos passageiros para outro ônibus. Bem, cheguei em casa já era 3:30hs, pedi então ao motorista que parasse na esquina da rua da minha casa, porque eu era a única que ia descer ali, estava tudo escuro mal consegui enxergar o chão, fui correndo ate achegar no portão, foi quando naquele breu todo, desceu um carro e a luz dos faróis me clareou o portão e dei graças a Deus por ter chegado bem em casa, mas e aquele que não teve a mesma sorte que eu?

Tudo isso senti “A Flor da Pele’, desigualdade, pessoas sem educação, muitos aproveitadores de varias situações e muitos já não acreditaram mais na sua fé”.

O jornalista e escritor André Giusti, faz doação de livros a Biblioteca do CIEJA Butantã.

Agradecemos o jornalista e escritor André Giusti pela doação dos livros "A liberdade é amarela e conversível e A solidão do livro emprestado", a Biblioteca do CIEJA Butantã.

Andre Luis de Almeida Giusti, nasceu no subúrbio carioca de Cascadura. Entrou na literatura como tantos autores: pela porta da poesia. Na segunda metade da década, publicou dois livros independentes no gênero, que não aparecem em seu currículo literário. Entre 1992 e 1994, escreveu os contos de seu primeiro livro, Voando Pela Noite (até de manhã), publicado em 1996 pela Editora 7Letras. No ano seguinte, o livro foi indicado ao Prêmio Jabuti. Em 1998 o autor mudou-se para Brasília.

O isolamento oferecido pela cidade o aproximou mais da literatura. Impregnado de saudades do Rio, escreveu Eu nunca fecharei a porta da geladeira com o pé em Brasília, uma novela quase autobiográfica de seus primeiros meses na capital do país, é o terceiro do autor a ser publicado (LGE, 2004, em 2003, também pela 7Letras, André Giusti lançou A solidão do livro emprestado, que apesar das inúmeras referências à cidade natal, já carrega elementos da atmosfera do Planalto Central.

Entre 2005 e 2006, editou o site messaginabótou, ao lado do poeta e doutor em literatura Alexandre Pilati, voltado para o conto, a poesia e a crítica literária.
Três anos afastado da literatura, voltou em 2009 com seu quarto livro: A liberdade é amarela e conversível, pela 7Letras.
André Giusti também é jornalista, com passagens por diversas rádios e TVs do Rio e de Brasília.

CIEJA Butantã aceita doação de livros para nossa Biblioteca

O Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos (CIEJA) do bairro Butantã, em São Paulo, quer ampliar os horizontes de seus 1007 alunos, com maior oferta de livros em seu acervo. As doações (de preferência crônicas, contos e romances mais atuais),  podem ser enviadas diretamente para a escola, que fica na rua Antonio Mariani, 425, CEP: 05530-000, São Paulo-SP, telefone(11) 3722-5331 / 37220656.

CIEJA BUTANTA- DESIGUALDADE SOCIAL



Comentário do jornalista e escritor Roniwalter Jatobá, ref. a palestra do Céu do Butantã

A palestra com a turma do CIEJA foi uma maravilha. É bom quando conversamos com pessoas que querem entender um pouco da nossa experiência. Por isso, nos sentimos não um escritor, mas um ser humano que vive na face da Terra. Nós, escritores, com um grupo de ouvintes assim, saímos da redoma de cristal e falamos da vida, que é o mais importante na condição humana. Também pelo fato de estarem ali depois de um dia cansativo de trabalho, saímos da palestra felizes e conscientes de que tudo valeu a pena.

Um forte abraço do Roniwalter

ENEM o caminho para democratização do acesso à universidade Movimento Nossa São Paulo

Maria do Carmo Brant de Carvalho
Maria Alice Setubal

 
Sem desconsiderar a gravidade da violação da prova, os últimos acontecimentos envolvendo o exame e que resultaram no seu adiamento não devem desqualificá-lo ou encobrir a sua relevância
A repercussão dos problemas enfrentados pelo Ministério da Educação para realização do novo Enem é proporcional à dimensão, abrangência e relevância que o exame adquiriu neste ano e ao impacto dele esperado. Mais de 4 milhões de estudantes devem comparecer à prova que será aplicada em 1.829 municípios de todos os estados do País e servirá como ferramenta de seleção para o ingresso em 81% das universidades públicas federais.

É essa magnitude que dá relevância à avaliação. A intenção do Ministério da Educação é criar mecanismos alternativos ao vestibular, que hoje se constitui um instrumento de exclusão bastante perverso, que premia aqueles que já são privilegiados, reforçando e legitimando a desigualdade do nosso sistema educacional. Ao unificar o processo de seleção nessas instituições, o MEC também espera promover maior mobilidade dos estudantes no território, democratizando o acesso a essas vagas.

Um outro efeito que o Ministério da Educação espera produzir com essas mudanças é a reformulação do currículo do Ensino Médio, hoje determinado pelo vestibular, isto é, pelo acúmulo excessivo de conteúdos. A medida articula-se a um conjunto maior de ações – o Programa Ensino Médio Inovador – que procura conferir uma nova identidade à última etapa da Educação Básica.

O novo Enem mantém a sua característica peculiar – de avaliar competências e habilidades -, mas passa a dialogar mais diretamente com o currículo do Ensino Médio. Dividida em quatro áreas (Linguagens e suas Tecnologias, Ciências Humanas e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias), a prova valoriza o raciocínio e a capacidade analítica do aluno em detrimento da memorização de fórmulas e informações.

Sem desconsiderar a gravidade da violação da prova, os últimos acontecimentos envolvendo o exame e que resultaram no seu adiamento não devem desqualificá-lo ou encobrir a sua relevância. Seu potencial de proporcionar avanços importantes para a qualidade do ensino do País, de democratizar o acesso às universidades públicas e de mudar os paradigmas tradicionais de avaliação deve ser preservado de julgamentos precipitados e de interesses alheios à causa da educação brasileira.

A agilidade e prontidão do MEC na resolução do problema sustentam a credibilidade desse valioso instrumento para a educação pública. As novas datas para realização do Enem já foram anunciadas: 5 e 6 de dezembro. Uma articulação nacional, envolvendo Fundação Cesgranrio, Cespe/UnB, Correios, Força de Segurança Nacional e Polícia Federal, deve assumir o desafio de produzir, distribuir e aplicar a prova em tempo recorde, resguardando a segurança do exame. Dessa forma, está assegurado o caminhar para a construção de uma nova proposta para o Ensino Médio.

Maria do Carmo Brant de Carvalho é pós-doutora em Ciência Política e Superintendente do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec).
é socióloga pela Universidade de São Paulo (USP), doutora em Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e mestre na área de Ciências Políticas (USP). É presidente da Fundação Tide Setubal e do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec).
Maria Alice Setubal

CIEJA-BT na Mostra de Cinema e Direitos Humanos

"À margem do Lixo", foi o documentário que alunos, professores e a coordenadora pedagógica Roseli, assistiram na mostra de Cinema e Direitos Humanos, realizada no CINE SESC, dia 9/10.
Um documentário que focaliza a vida e o trabalho dos catadores de materiais recicláveis na cidade de São Paulo. São emocionantes as declarações das pessoas que conseguiram deixar de ser moradores de rua e passaram a obter uma renda através da coleta de materiais recicláveis no lixo.
O documentário resgata a dignidade dessa humanidade que sobrevive á margem de São Paulo, capital financeira do Brasil.
Nenhum aluno saiu indiferente á essa realidade. Perceberam que é possível combinar desenvolvimento econômico e ambiental com justiça social.
Profa. Elisabet G. Nascimento

Mensagem de Milton Jung da CBN a Profª Elisabet

AQUECIMENTO GLOBAL
To: Bet
Sent: Thursday, October 15, 2009 4:23 PM
Subject: Aquecimento global

Olá, Professora

Obrigado pela mensagem que já está no blog.

Leia e deixe seu comentário também no Blog do Milton Jung http://colunas.cbn.globoradio.globo.com/miltonjung/.

Mílton Jung


-----Mensagem original-----


Abaixo a Tirania dos Carros 

Prezado Milton
Aí vai minha sugestão, para diminuir o aquecimento global: A cidade de São Paulo precisa atacar várias frentes para reduzir a poluição atmosférica, sonora e os congestionamentos, como por exemplo: Investir seriamente em trens de superfície, metrôs, corredores de ônibus, nesses coredores fixar os horários,  reduzir o preço da tarifa de ônibus. Proibir estacionar carros em vias públicas, estimular a carona solidária no ambiente de trabalho e entre vizinhos, o uso de bicicleta como meio de transporte e o pedágio urbano,(qdo estivermos um transporte público decente),como foi adotado em Londres, por exemplo.

 
Investir em campanhas educativas para que as pessoas motorizadas e os motoristas de ônibus respeitem os ciclistas, que possuem os mesmos direitos que eles de utilizarem as vias públicas.

Precisamos desenvolver uma cultura de solidariedade e de convivência civilizada no espaço público. O habitante de São Paulo precisa se "tocar" de que a cidade é de todos e portanto, todos precisam colaborar.
 
Acredito que medidas como essas, vão estimular o cidadão  á deixar o carro em casa e usar o transporte público.

Vamos humanizar as ruas e avenidas. Abaixo a Tirania dos automóveis nas cidades já!
 
Atenciosamente
Profa. Elisabet Gomes do Nascimento

Dia 15 de Outubro dia do Professor


Mapa Geografico da França






Foto da palestra com o jornalista e escritor Roniwalter Jatobá e a profª Elisabet, no Céu do Butantã


Palestra no Ceú do Butantã como o jornalista e escritor Roniwalter Jatobá

Ontem no Céu do Butantã, todos alunos estavam ansiosos para conhecer o jornalista e escritor Roniwalter Jatobá, sentado na platéia ao lado da Profº Elisabet, ninguém imaginou que seria ele o escritor. Antes de começar sua palestra, os professores organizarão um Slide play da vida dos alunos, como crônicas e mensagens.

Roniwalter Jatobá iniciou sua palestra relatando sua trajetória e dificuldade de vida aos alunos do CIEJA Butantã. Saio de Minas Gerais, onde morou ate os seus Dez anos e foi morar em Campo Formoso, Bahia, no sertão baiano, onde concluiu o ginasial, hoje conhecido como “ensino fundamental”, e nas suas horas vaga lia tudo que encontrava pela frente, quase devorou a biblioteca de sua cidade, envolvido pelos livros Roniwalter viajou pelo desconhecido, onde no seu mundo mais complexo até então era o sertão baiano.

Saindo da Bahia sentido São Paulo, em busca de emprego e uma vida melhor, foi morar em São Miguel Paulista, periferia da zona leste de São Paulo, onde trabalhou como operário. Morando ao lado de uma indústria de Nitroquimica e conhecendo a dificuldades dos amigos que ali trabalhava, Ronivalter deu inicio suas antologias. Escreveu seu primeiro livro Sabor de Química e depois Crônicas da vida operário.

Roniwalter falou a importância da leitura em nossa vida e que através disso podemos criar idéias e coloca-las no papel, incentivou os alunos a escreverem mais, porque é assim que começamos, relatando a nossa própria historia.



HOME, Nosso planeta, Nossa Casa: Documentário Imperdível

Na quinta-feira, dia 1/10 no Espaço Matilha Cultural, trinta alunos do Cieja-Bt, assistiram ao documentário "HOME- Nosso planeta, Nossa Casa", lançado mundialmente este ano e que vem provocando reações e emoções em todo lugar. Todos saíram emocionados com as imagens e com a mensagem que acompanha o filme:"Tudo está conectado. Não há tempo para pessimismo". Acredito que aluno nenhum tenha saído indiferente aos problemas ambientais e sociais mostrados no filme. É a linguagem do cinema contribuindo como um recurso de comunicação para se entender o mundo.Educa o olhar e produz nas pessoas o incômodo necessário para uma mudança de postura. Quero agradecer ao Espaço Matilha Cultural, pela oportunidade que nos proporcionou.
Profa. Elisabet Gomes do Nascimento

O que é bom para o Lula, é ruim para o Brasil?


A mídia mercantil (melhor do que privada) tem um critério: o que for bom para o Lula, deve ser propagado como ruim para o Brasil. A reunião de mandatários sulamericanos em Bariloche – que o povo brasileiro não pôde ver, salvo pela Telesul, e teve que aceitar as versões da mídia – foi julgada não na perspectiva de um acordo de paz para a região, mas na ótica de se o Lula saiu fortalecido ou não.O golpe militar e a ditadura em Honduras (chamados de “governo de fato”, expressão similar à de “ditabranda”) são julgados na ótica não de se ação brasileira favorece o que a comunidade internacional unanimemente pede – o retorno do presidente eleito, Mel Zelaya -, mas de saber se o governo brasileiro e Lula se fortalecem ou não. Danem-se a democracia e o povo hondurenho.A mesma atitude têm essa mídia comercial e venal diante da possibilidade do Brasil sediar as Olimpíadas. Primeiro, tentaram ridicularizar a proposta brasileira, a audácia destes terceiromundistas de concorrer com Tóquio, com Madri, com Chicago de Obama e Michelle. Depois passaram a centrar as matérias nas supostas irregularidades que se cometeriam com os recursos, quando viram – mesmo sem destacar nos seus noticiários – que o Rio tinha passado de azarão e um dos favoritos, graças à excelente apresentação da proposta e ao apoio total do governo. Agora se preparam para, caso o Rio de Janeiro não seja escolhido, anunciar que se gastou muito dinheiro, se viajou muito, para nada. Torcem por Chicago ou outra sede qualquer, que não o Rio, porque acreditam que seria uma vitória de Lula, não do Brasil.São pequenos, mesquinhos, só vêem pela frente as eleições do ano que vem, quando tentarão ter de novo um governo com que voltarão a ter as relações promíscuas que sempre tiveram com os governos, especialmente com os 8 anos de FHC. Não existe o Brasil, só os interesses menores, de que fazem parte as 4 famílias – Frias, Marinho, Civitas, Mesquita – que pretendem falar em nome do povo brasileiro.O povo brasileiro vive melhor com as políticas sociais do governo Lula? Danem-se as condições de vida do povo. Interessa a popularidade que isso dá ao governo Lula e as dificuldades que representa para uma eventual vitória da oposição. A imagem do Brasil no exterior nunca foi melhor? A mídia ranzinza e agourenta não reflete isso, porque representa também a extraordinária imagem de Lula pelo mundo afora, em contraposição à de FHC, e isto é bom para o Brasil, mas ruim para a oposição.O que querem para o Brasil? Um Estado fraco, frágil diante das investidas do capital especulativo internacional, que provocou três crises no governo FHC? Um país sem defesa ou dependente do armamento norteamericano, como ocorreu sempre? Menos gastos sociais e menos impostos para ter menos políticas sociais e menos direitos do povo atendidos? Um povo sem auto estima, envergonhado de viver em um país que eles pintam como um país fracassado, com complexo de inferioridade diante das “potências”, que provocaram a maior crise econômica mundial em 80 anos, que é superada pelos países emergentes, enquanto eles seguem na recessão?São expressões das elites brancas, ricas, de setores da classe média alta egoísta, que odeia o povo e o Brasil e odeia Lula por isso. Adoram quem se opõem a Lula – Heloísa Helena, Marina, Micheletti -, não importa o que digam e representem. Sua obsessão é derrotar Lula nas eleições de 2010. O resto, que se dane: o povo brasileiro, o país, a situação de vida da população pobre, da imagem do país no mundo, da economia e do desenvolvimento econômico do Brasil.O que é bom para o Lula é ruim para eles e tentam fazer passar que é ruim para o Brasil. É ruim para eles, as minorias, os 5% de rejeição do governo, mas é muito bom para os 82% de apoio ao Lula.

Palestra no Céu Butantã

A profª  Elisabet de geografia organizou uma entrevista com o jornalista e escritor Roniwalter Jatobá, no dia 7/10/09 as 19:00hs no Céu Butantã. Todo o período noturno mobilizado para este evento.
Roniwalter Jatobá de Almeida, nasceu em 22 de julho de 1949 em Campanário, Minas Gerais. Aos dez anos, foi morar em Campo Formoso, Bahia, onde concluiu, em 1964, o curso ginasial. Por alguns anos, perambulou pelo sertão baiano, dirigindo um caminhão Ford, e lendo nas muitas horas vagas. Em 1970, após servir o exército em Salvador, veio para São Paulo. Trabalhou como operário "desqualificado" na Karmann-Ghia, no ABC, enquanto morava ao lado da Nitroquímica, em São Miguel Paulista. Entrou para a Editora Abril no final de 1973, na área gráfica e, cinco anos depois, auxiliado financeiramente pela empresa, formou-se em jornalismo. Foi redator das publicações infanto-juvenis desta editora e da Rio Gráfica (hoje Globo), escreveu livros e colaborou em Versus, Folha de S. Paulo, Movimento, Escrita, Ficção e outros. No final dos anos setenta viveu sete meses na Europa, num exílio voluntário. De volta, foi redator de Nosso Século, editor de textos de Movimento e Retrato do Brasil (fascículos), editor-executivo de Saúde!, Boa Forma e de publicações especiais da revista Corpo a Corpo; criou e dirigiu ainda a revista Memória e editou livros históricos na Eletropaulo. 

A LUTA PELO ENSINO MÉDIO

Boa tarde, Quem estudo ou já estudou no CIEJA BUTANTÃ sabe que a continuidade dos estudos nas escolas de ensino médio não é possível para todos. Cada vez mais, as vagas para EJA tornam-se menores e a única escola da região que oferece ensino médio no período da manhã a E.E. Guiomar Rocha Rinaldi não atende a todos que necessitam. Na semana passada uma comissão de alunos e de professores visitou a Câmara de São Paulo para saber do projeto que o ex-vereador Paulo Fiorillo havia elaborou solicitando o ensino médio nos CIEJAs. Fomos informados que o projeto foi considerado inconstitucional porque cria despesa e, isso é competência do poder executivo. Fomos atendidos por vereadores, em especial, o vereador João Antonio que mostrou-se disposto a levar nossa reivindicação até o secretário de Educação Municipal. Nossa esperança é que haja interesse do poder executivo conjuntamente com o governo do Estado de São Paulo para que os alunos egressos do CIEJA possam prosseguir seus estudos com reais condições de frequencia e permanência. Não podemos desistir!!! Junte-se a nós!

Ideologia, qual é a sua?


Pequena, mas poderosa vitória

Quinta-feira, 10 de setembro de 2009. No CIEJA BUTANTÃ, os alunos estão terminando a leitura do conto "O alienista" de Machado de Assis. Há uma verdadeira corrida contra o relógio para se chegar ao último capítulo...Infelizmente não deu tempo... A finalização só seria possível na terça-feira (15/09) quando teriam aula com a mesma professora... Ela,sem grandes pretensões, avisa que estará repondo aula no dia seguinte das 19h45 às 21h15. Todos exclamaram: "Amanhã será o último dia do "Caminhos da Índia" !!!". A professora esclarece: "Estarei aqui..." Sexta-feira, 11 de setembro de 2009 - Último capítulo da novela global:"Caminhos da Índia". Os alunos foram chegando aos pouquinhos, dizendo que não aguentaram de tanta curiosidade. Não dava para esperar até terça-feira. Além do mais, no sábado haveria a reprise. Quando a sala lotou, a professora começou a leitura se sentindo muito poderosa: competir com a globo e vencer, é a glória (que não é Peres)

Dia 22/ 09 Dia Mundial da Carona Solidária

Carona solidária visa diminuir a emissão de poluentes. A carona solidária é um meio prático, barato e sustentável de ajudar a reduzir o tráfego de veículos nas grandes cidades. Em alguns países, como os Estados Unidos, existe o Carpool, termo utilizado para a partilha de um carro pelo condutor e mais passageiros, em que todas as despesas da viagem são partilhadas por todos. Aqui no Brasil, é a famosa carona. Para quem adere ao Carpool há uma faixa exclusiva na hora do rush. Em geral, todos os passageiros possuem veículos próprios e alternam seu uso. Além de reduzir as despesas, essa prática ajudar a diminuir o congestionamento, a emissão de gases do efeito estufa e a poluição do ar. Até 2007, o Brasil não tinha adotado nenhum programa de carona solidária. Já em 2008, os seguidos recordes de congestionamento em São Paulo fizeram com que a Prefeitura adotasse algumas medidas operacionais para tentar amenizar o trânsito na Capital Paulista. Além de considerar a ampliação do rodízio veicular, também está sendo analisado o projeto Transporte Solidário. A Secretaria Estadual do Meio Ambiente criou um site onde os motoristas podem cadastrar origem, destino, horários e hábitos, como “fumante”, e assim combinar caronas regulares. O programa foi criado em 1997 junto com o rodízio de veículos, mas ficou sem verba em 1998, quando o rodízio foi municipalizado. Na época a internet não era tão difundida e as empresas, escolas e condomínios interessados deveriam baixar um software para que funcionários, pais de alunos ou vizinhos fizessem o cadastro na página. De acordo com a autora do projeto, Maria de Lourdes Rocha Freire, foram feitos mais de 30 mil downloads. Hoje, ela é coordenadora de Educação Ambiental da mesma pasta e afirma que pretende relançar o programa modernizado. “Agora, temos recursos e acesso para alcançar muito mais gente”, afirma a coordenadora. Ainda não há prazo para o início do projeto.

A Mente Criativa é como o para-quedas só funciona aberta!


"Mente Criativa do CIEJA - Butantã 2009"
Convido todos vocês a participar do concurso "Mente Criativa do CIEJA-Butantã 2009", pode ser uma Prosa, Crônica ou Poesia. Escreva e publique aqui mesmo no nosso Blog. Deixe seu nome e o modulo que está cursando..ok Boa Sorte!

Cine CIEJA Butantã

Melhores filmes do CIEJA as sextas feiras com a professora Marcia

A vida é feita de escolhas. Qual é a sua?




Qual foi o local esquisito que você já leu?

Uma aluna em busca dos seus ideias.


Menina, mulher e mãe, sou eu com apenas 34 anos e dois filhos adolescentes. Resolvi voltar a estudar depois de uma terminada idade em busca de um ideal, terminar meus estudos e me formar. Tentei encontrar uma escola que se encaixasse ao meu trabalho e ao meu estilo de vida, quando achava era longe ou os horários não concedia com minha trajetória. Morando distante do trabalho a cada dia foi ficando difícil a busca pelo meu ideal, mais um belo dia  minha motivação pelos estudos veio com muita garra, sai do meu eu e fui em busca do meu ideal, fuçando na internet encontrei o CIEJA, não sabia o que significava, quando entrei no site vi que era uma escola de jovens e adulto na região do Butantã, não tive duvidas, era tudo o que precisava naquele momento, uma escola próxima ao meu trabalho e horários que se encaixava perfeitamente comigo. Liguei e falei com a Coordenadora Roseli, ela me atendeu educadamente e conversamos por alguns instantes, pediu que eu comparecesse a escola para fazer uma prova, compareci ao CIEJA no dia seguinte e fiz a prova no horário estipulado, Roseli estava presente na sala e fui avaliada por ela mesmo, assim que terminou pediu-me que eu comparecesse com meus documentos para fazer a matricula naquela mesma semana. No outro dia voltei com todos os meus documentos xerocados e minha foto, não era uma das melhores, mais para uma iniciante estava ótima. Roseli informou o modulo e a turma que eu iria cursar, oitava serie e turma lV G. Sai do CIEJA radiante era tudo que eu buscava naquele momento, voltar estudar, queria terminar os estudos e o CIEJA foi compatível ao meu horário e ao meu emprego, achei que isso não fosse mais possível até encontrar o CIEJA na minha vida, consegui conciliar o meu emprego e a minha vida em família. Primeiro dia de aula 26/05/2008 estava nervosa e entusiasmada, meio perdida, fazia vinte anos que não entrava em uma sala de aula, a não ser na reunião dos meus filhos. Comecei na aula de Geografia da Professora Bet, ela deu as boas vidas a todos os alunos que estava começando aquele semestre e falou que o CIEJA era diferenciado das demais escola, com horários flexíveis e apenas duas horas por dia, então timos que nos dedicar o máximo possível. Bet leu uma crônica de duas pessoas se conheceram através do lixo, e nos fez elaborar uma história, eu adoro escrever, e não foi muito difícil para elaborar meu texto, não me recordo muito bem  mais acho que era um domingo de sol, não foi lá essa coisa, mais me sai bem para o primeiro dia. Depois conheci o professor Lázaro de Historia, calmo e muito bem motivado, sempre estava com o sorriso estampado no rosto, ele acalmava qualquer aluno que chegasse perto dele, estava sempre “Zen”. Tivemos três meses de aluna de Geografia e Historia, depois disso passamos para linguagens e Códigos, nem sabia o que significa isso, foi quando a professora de Português Sonia, explicou que era um conjunto de matérias, como Artes, Ciência, Inglês e Português, entrei na aula de português mais perdida do que nunca, ainda bem que já estava mais familiarizada com os alunos. Conhecendo os professores isso foi me relaxando, vi que todos estavam no mesmo ideal que eu, eles queriam ensinar os alunos que estavam em busca de sua formação, sabia que muitos ali eram pai e mãe de família, que estavam em buscas dos seus ideais e que enfrentavam horas presas no transito de São Paulo e que já chegavam estressados para assistir suas alunas. Todas as aulas foram proveitosas, mais foi no Sarau que me identifiquei, vi que estava viva para escrever minhas poesias e muitas da naquelas pessoas reunidas as sextas-feiras, tem muito talento, como tocar, cantar, declamar e etc... Chegou o fim do ano e é uma coisa que já mais vou esquecer, a professora Sonia fez uma brincadeira com a nossa turma onde fui à escolhida entre todos os alunos ali presentes, o mais importante não era o presente, mais sim a consideração de todos os alunos por mim, chorei naquele instante e fiquei muito feliz em compartilhar com todos o meu presente. Chegou o fim do ano letivo e agora que já estava inturmada acabaram-se as aulas. Sonia e Damarina junto com a nossa turma e mais alguns alunos organizou nossa formatura, cantamos e declamamos foi tudo perfeito. Gostaria de ter terminado o ensino médio com os professores do CIEJA, mais sei que isso não era possível, porque estava em votação a liberação para o curso do ensino médio. Uma coisa digo a vocês, saímos de casa rumo ao serviço e vamos para escola ou vise e versa, então nunca desista dos seus ideais, porque só vocês podem fazer isso e mais ninguém. Mesmo tendo professores capacitados e educados, só dependera de cada um de nós mudar o sentido de nossas vidas. Então quando acabar continue sempre enfrente e nunca olhe pra traz. "Marisa Santos"

Sarau


Sarau as sexta feiras com as professoras Sonia e Damarina

Pense diferente - Viaje pela Leitura


Viaje pela leitura
Viajar pela leitura
sem rumo, sem intenção.
Só para viver a aventura
que é ter um livro nas mãos.
É uma pena que só saiba disso
quem gosta de ler.
Experimente!
Assim sem compromisso, você vai me entender. Mergulhe de cabeça na imaginação!

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CIEJA BUTANTÃ - FORMATURA 2008

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Cidade Criativa do CIEJA-Butantã Reflexão sobre o futuro das cidades. Como você gostaria que sua cidade fosse daqui alguns anos? Crie sua cidade!/>

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